"Plantando Paz na Terra espelha o som de uma água que quer brotar junto com a nossa memória do essencial.
Quer permanecer na constância do movimento de realização da vida que o ser humano exercita na terra querida.
Plantando Paz na Terra diz respeito à vontade de cada um superar seus limites de mediocridade, de canção reprimida e de vôo cortado pela ignorância.
A canção da terra pode ser a canção da paz.
Paz feita de algodões brancos doces nascidos da terra escura.
Paz feita de carambolas verdes de árvores maduras com os anos.
Paz feita de exercícios de lealdade com a semente Divina contida em todo o universo.
Plantando Paz na Terra pode angariar recursos para a humanidade crescer no que mais de sagrado ela tem.
A textura da terra maltratada, ferida, pode ser céu limpo na concretização da cura do solo, daquele solo, desse solo.
Plantando Paz na Terra planta amigos de nós mesmos, aqueles que jazem escondidos no limiar entre os sonhos verdadeiros e a realidade aparente.
Cada qual pode ir tecendo a verdade deste programa de acordo a verdade de seu próprio chão feito para frutificar e espalhar cinzas e amor.
Para poder estabelecer uma capacidade de ver a Terra é preciso desgarrar-se de um submundo que polui os canais da seiva que corre nas nossas veias.
É preciso ir além do imaginado e persuadido.
É preciso sentir os pés desaparecerem no húmus como lembrança da promessa da Unidade.
A ordem é caminhar sem tanta intimidação com o resultado para a imediação.
A ordem é deixar fluir um estado de premência em tudo o que nos rodeia.
A importância do Plantando Paz na Terra é permitir fluir a vida do homem na terra como uma tarefa simples e complexa, restituindo a ele a simplicidade de conhecer a imensa gama de manifestações neste universo.
Por último, o homem poderia parecer um ponto de luz na terra querida.
Mas trata-se de recobrar a luz em cada ponto,
de reverberar o verbo da luz,
de profetizar a alma da luz em cada único ato.
Há uma Força contida na permanência da natureza por séculos.
É a mesma Força motriz do universo.
Desenterrar essa Força, ultrapassando aspectos culturais, físicos, ideológicos ou temporais é a grande e única verdade deste programa.
Que as condições que apareçam sejam apenas “frames”, para respeitar a arte da comunicação, mas que o ponto seja sempre o mesmo: a Força!”
Paola Charry Sierra 1999